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PiTacO do PapO! 'O Lagosta' - 2016

NOTA 9.5


'The Lobster', segue ainda sem previsão de estreia oficial por aqui e seu título (em tradução literal) quer dizer 'A Lagosta'. Livremente interpretado como 'O Lagosta' (vendo o filme você entenderá), o longa cult até a raiz,  teve sua estreia no Festival de Cannes em 2015 onde concorreu à Palma de Ouro e é dirigido pelo grego Yorgos Lanthimos, que aqui tem seu primeiro trabalho falado em inglês. Sem dúvida alguma uma obra ímpar e que inaugura um novo jeito de se falar das relações humanas. 


A produção estrelada por Colin Farrell e Rachel Weisz, se passa em um futuro próximo, onde uma lei proíbe que as pessoas fiquem solteiras. Qualquer homem ou mulher que não estiver em um relacionamento é preso e enviado ao 'Hotel', onde terá 45 dias para encontrar um(a) parceiro(a). Caso não encontrem ninguém, eles são transformados em um animal de sua preferência e soltos no meio da Floresta. Neste contexto, um homem se apaixona em plena floresta - algo proibido, de acordo com o sistema. 

Em nenhum outro tempo os futuros distópicos estiveram tão em alta.  Mas esqueça os blockbusters cheios de ação 
como 'Jogos Vorazes' ou 'Divergente'.  Aqui a proposta é a mesma, mas a premissa é totalmente diferente,  e mais cerebral diga-se de passagem, sem querer desmerecer os exemplos citados. Digamos que 'The Lobster'  seria uma versão para adultos desse universo, onde as peças desse imenso 'tabuleiro' lidam com emoções x razões , ou melhor dizendo: sentimentos. 

Escolher uma forma tão lúdica e inteligente pra falar de sentimento e das relações humanas foi uma grande sacada: uns escolhem ficar sós, tem a sua 'tribo' e vivem numa floresta (uma representação da liberdade) e se não seguirem as 'regras' morrem. Outros escolhem a segurança do chamado 'Hotel', um lugar que aparentemente não imprime perigo ou ameaça , mas em contrapartida se não houverem formações de casais ou famílias o castigo seria a liberdade, mas vivendo como um animal. Resumindo: um grupo defende a solidão,  no raciocínio em que o aumento da espécie humana representaria o caos. Já outros defendem a família,  e qualquer outro modo que não seja viver como eles , o resultado seria a condenação de viver como um ser irracional... sem direitos... sem nada! Super atual, não? 

Além de um roteiro brilhante , também a cargo de Lanthimos, a fotografia é limpa e simples : a produção trabalhou quase inteiramente com luz natural e sem maquiagem. As atuações , essas então são irretocáveis. Além do bom trabalho do protagonista vivido por Colin Farrel (detalhe: subiu no meu conceito a partir de agora), o filme tem ainda os talentos de Rachel Weisz e Léa Seydoux, com interpretações vívidas e emocionantes. 



Super Vale Ver ! 



 






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