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PiTacO do PapO! 'Star Trek - Sem Fronteiras' - 2016


NOTA 9.3


Não há dúvida que Star Trek seja uma franquia com potencial enorme. 
Contudo, um novo filme trouxe muitos receios aos fãs (esse que vós escreve pode ser incluído). Toda via, não é exagero dizer que o que J.J. Abrams fez em 2009, com Star Trek, foi revolucionar a franquia Jornada nas Estrelas. O que se viu há sete anos não foi exatamente um recomeço, nem mesmo uma sequência, tampouco uma refilmagem e, ao mesmo tempo, a produção daquele ano carregava um tanto de cada uma dessas modalidades um sinal de respeito, reverência, homenagem, mas sem perder o frescor da originalidade.


Desta vez, a tripulação da Enterprise se encontra no terceiro ano da famosa missão que duraria cinco anunciada no fim da obra anterior. O que vemos é uma situação de normalidade, na busca por novos povos. Normalidade que, para o espevitado Capitão Kirk (Chris Pine), significa tédio. Até que Kirk e sua tripulação recebem um pedido de socorro que acaba os ligando ao maléfico Krall (Idris Elba), um insurgente anti-Frota Estelar interessado em um objeto de posse do líder da Enterprise. Numa sequência de ação estonteante, rica em detalhes, a nave é atacada. E o nosso herói vai ter que abandonar o barco e a tripulação quando todos caem em um planeta desconhecido.

Voluntária ou involuntariamente, ao longo de quase 50 anos, Jornada nas Estrelas se tornou uma referência pop em defesa da diversidade. E, nesse sentido, o texto do novo filme, como foi amplamente divulgado, atualiza uma das causas contemporâneas mais comentadas, a da diversidade das orientações sexuais. Sulu (John Cho), o personagem, é revelado gay uma homenagem a George Takei, o ator, gay, que viveu o papel nos cinemas (embora o ator não tenha gostado da mudança na orientação sexual da personagem). A saída do armário da nave se dá de forma natural, sem alarde. O caráter não-panfletário é um acerto do filme. E claro, uma boa história não se faz sem um "bom" vilão e a figura de Krall é de fato assustadora. Porém, é difícil entender o propósito da escalação de um ator A-list do porte de Elba quando o moço passa a maior parte do tempo coberto por toneladas de maquiagem.

De forma geral, Star Trek vem se mostrando que não é apenas para fazer dinheiro, a franquia vem apresentando cada vez mais qualidade, e agora com "Sem Fronteiras", começa a dar seus passos sozinha, cada vez mais independente da série clássica, sem deixar de fazer referências interessantes e pontuais (uma cena do Spock, em especial, ficou sensacional! ) No mais, fico empolgado com o que pode vir, aos planetas, espécies e histórias a serem exploradas. 

Vida longa e próspera!




Super Vale Ver !  


Crítica por Bruno Santos






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