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PiTacO do PapO! ' À Qualquer Custo' - 2017

NOTA 9.0


De maneira alguma me surpreende as indicações do faroeste 'A Qualquer Custo' em vários prêmios dessa temporada e inclusive ao Oscar (também de melhor filme) - O longa de David Mackenzie (do estonteante 'Sentidos do Amor' - 2011) é  uma das melhores coisas que eu vi  no gênero de uns bons tempos pra cá. Mackenzie tem aquele famoso toque de midas; o de dar humanidade mesmo aos personagens que poderiam ser considerados os mais desprezíveis.  


O filme conta a história de dois irmãos. Toby(Chris Pine) é um homem que segue as regras e, depois de ter se divorciado, tenta dar uma vida melhor para o filho. Já Tanner (Ben Foster) é um ex-presidiário com personalidade forte e espírito livre. Juntos eles planejam um roubo a um banco local, para conseguir recuperar o futuro que foi tirado deles. Tudo parece ir bem, até que eles chamam a atenção de um policial do Texas (Jeff Brigdes), que busca uma nova vitória antes de sua aposentadoria que está bem próxima. 

Outra positiva característica do longa de Mackenzie, é que apesar de ser um werstern (sem tom pejorativo,de maneira alguma) ele constrói um mundo muito próprio dentro desse universo.  O longa é moderno , arrojado, e mesmo com os sotaques texanos bem do interior dos EUA,  os diálogos são afiados, inteligentes e algumas vezes impregnados de humor - muitas das vezes tendo Bridges como protagonista- que atuação formidável : Não é qualquer um que consegue transmitir o amor e respeito sentidos pelo parceiro (Gil Birmingham, ótimo) por baixo dos longos combos de injúrias raciais que fariam até a pessoa mais politicamente incorreta corar. 

Pine e Foster também são um ponto fora da curva no longa. Os dois encarnam uma dupla de malfeitores (com justa causa, se é que podemos dizer assim) que conquistam o público à medida que as intenções e os motivos de suas ações vão sendo revelados. Tal tomada de posição do público acontece vez por outra no cinema : a de se apegar ao bandido ao invés do mocinho. Porém o roteiro de Taylor Sheridan (“Sicario: Terra de ninguém”) consegue o feito de uma história que não há como não se afeiçoar por todos os personagens, sejam protagonistas ou secundários. Todos muito bem construídos e bem dispostos na trama. 

No final das contas, a conclusão que se tira é que 'Hell or Hight Water' (no original) nos conta sobre redenção, contas a acertar e autoafirmação. Mas talvez a maior lição que se tire do longa de Mckenzie, é o amor incondicional entre dois irmãos.  Indicação ao Oscar 2017 mais que merecida. 







Super Vale Ver !







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