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PiTacO do PapO! 'Terra de Minas' - 2017

NOTA 9.5


Ainda sem previsão de estreia oficial no Brasil,  'Terra de Minas'  Ã© mais um dos filmes indicados ao Oscar 2017 dentro da categoria Melhor Filme Estrangeiro. O longa que é representante da Dinamarca na premiação, é do tipo que não barganha com o público: é  duro,  frio, não tem poesia intrínseca no roteiro, não tem alívio. É a frieza da guerra mesmo depois do fim dela. 


Na história, um grupo de soldados alemães, outrora combatentes nazistas, recebem uma nova e derradeira tarefa ao fim da Segunda Guerra Mundial: precisam escavar e remover com as próprias mãos milhares de minas terrestres em "terras inimigas", mesmo que alguns deles não tivessem sequer experiência na guerra, para compensar sua contribuição com o regime de Hitler. Durante esse processo eles vão descobrir que o sofrimento ainda está longe de acabar, mas diante do sonho em voltar pra casa e reconstruir seu país, eles seguirão firmes no propósito. 

Martin Zandvliet, que escreveu e dirigiu 'Under Sundet' (no original),  disse que a ideia do filme veio à partir de histórias que ele ouvia de como a Dinamarca estava acima do bem e do mal durante a guerra _ "Tive a ideia de fazer um filme sobre o lado negro da história da guerra dinamarquesa. Normalmente, ouvimos como fomos bons e como ajudamos os outros. Mas acredito que todas as nações têm um lado obscuro." 

A direção de Zandvliet, é segura e não faz concessões. Ele não romantiza as dores da guerra, não minimiza em tomar um caminho que outras produções não tomariam. O longa é firme com o que se propõe a contar, mas é preciso dizer que a determinada altura, podemos sentir o lado humano dos 'desumanos'. O brilhante ator Roland Møller (que vive o sisudo sargento Carl) vai de momentos de ódio à extrema ternura para com aqueles que recrutou para a árdua missão, mas deixando claro que mesmo com a guerra terminada, eles ainda estavam em lados opostos. 

Acredito mesmo que a guerra embrutece, mas a dor, uma hora ou outra acaba também trazendo benevolência, e essa lição Zandvliet traduz perfeitamente nessa bela obra. 






Super Vale Ver !








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