PiTacO do PapO - 'Covil de Ladrões' | 2018
NOTA 7.5
Por Rogério Machado
Gerard Butler tem uma trajetória curiosa no cinema: já fez quase de tudo, e de uns tempos pra cá o ator tem assumido uma personalidade arriscada que provoca um estigma muito recorrente no meio, onde os personagens se parecem tanto um com o outro que soa como se o ator estivesse interpretando ele mesmo. De uns tempos para cá, o excesso de testosterona tem feito isso com a carreira de Buttler, afinal, como sair ileso da vestimenta de ícone de filmes de ação? 'Invasão à Casa Branca' (2013) e sua sequência 'Invasão à Londres' (2016), entre outros, na certa são bons exemplos que ratificam essa afirmação. O mais novo filme do astro, 'Covil de Ladrões', que passou por alguns poucos cinemas em abril, segue essa mesma linha, a de personificar o herói politicamente incorreto.
A trama se passa na badalada Los Angeles, capital dos roubos a banco, onde um banho de sangue coloca em interseção a vida de dois grupos: a radical unidade de elite do departamento de polícia local, liderada pelo desmedido Nick (Gerard Butler), e a equipe de assaltantes de banco mais arrojada em atividade. Enquanto os criminosos, Ray (Pablo Scheiber) e Levoux (50 Cent) planejam um ataque ambicioso a um tipo de central de todos os bancos - um lugar até então tido como impossível de ser penetrado - , os homens da lei apertam o cerco pelo elo aparentemente mais fraco da gangue, um motorista que é famoso por ser altamente hábil no voltante.
O rentável subgênero de 'filmes com grandes assaltos', muitas vezes caem no lugar comum. O inevitável maniqueísmo em produções do tipo não deixam muitas alternativas para engenhosas tramas - o que resta pra narrativa é polícia correndo atrás de ladrão e ladrão tentando estar sempre um passo à frente. Pela primeira vez à cargo da direção, o roteirista Christian Gudegast não se preocupa em fugir dos clichês e como de costume, tudo se resume em perseguições, tiroteios, explosões e as famosas piadinhas pra quebrar o clima.
Ainda que tenha um desfecho com direito à surpresa, o filme erra também por tardar a ação - a narrativa perde muito tempo em explicar como o grande roubo acontecerá, que a sequência mais aguardada só acontece nos minutos finais. Nada fácil para um filme longo para pouco assunto; com mais de duas horas de duração. O final deixa margem para um segundo filme, e que inclusive já foi confirmado - que venha uma sequência que esteja à altura do hype desse tipo de produção. A título de curiosidade, vale a espiada.
Vale Ver !
Por Rogério Machado
Gerard Butler tem uma trajetória curiosa no cinema: já fez quase de tudo, e de uns tempos pra cá o ator tem assumido uma personalidade arriscada que provoca um estigma muito recorrente no meio, onde os personagens se parecem tanto um com o outro que soa como se o ator estivesse interpretando ele mesmo. De uns tempos para cá, o excesso de testosterona tem feito isso com a carreira de Buttler, afinal, como sair ileso da vestimenta de ícone de filmes de ação? 'Invasão à Casa Branca' (2013) e sua sequência 'Invasão à Londres' (2016), entre outros, na certa são bons exemplos que ratificam essa afirmação. O mais novo filme do astro, 'Covil de Ladrões', que passou por alguns poucos cinemas em abril, segue essa mesma linha, a de personificar o herói politicamente incorreto.
A trama se passa na badalada Los Angeles, capital dos roubos a banco, onde um banho de sangue coloca em interseção a vida de dois grupos: a radical unidade de elite do departamento de polícia local, liderada pelo desmedido Nick (Gerard Butler), e a equipe de assaltantes de banco mais arrojada em atividade. Enquanto os criminosos, Ray (Pablo Scheiber) e Levoux (50 Cent) planejam um ataque ambicioso a um tipo de central de todos os bancos - um lugar até então tido como impossível de ser penetrado - , os homens da lei apertam o cerco pelo elo aparentemente mais fraco da gangue, um motorista que é famoso por ser altamente hábil no voltante.
O rentável subgênero de 'filmes com grandes assaltos', muitas vezes caem no lugar comum. O inevitável maniqueísmo em produções do tipo não deixam muitas alternativas para engenhosas tramas - o que resta pra narrativa é polícia correndo atrás de ladrão e ladrão tentando estar sempre um passo à frente. Pela primeira vez à cargo da direção, o roteirista Christian Gudegast não se preocupa em fugir dos clichês e como de costume, tudo se resume em perseguições, tiroteios, explosões e as famosas piadinhas pra quebrar o clima.
Ainda que tenha um desfecho com direito à surpresa, o filme erra também por tardar a ação - a narrativa perde muito tempo em explicar como o grande roubo acontecerá, que a sequência mais aguardada só acontece nos minutos finais. Nada fácil para um filme longo para pouco assunto; com mais de duas horas de duração. O final deixa margem para um segundo filme, e que inclusive já foi confirmado - que venha uma sequência que esteja à altura do hype desse tipo de produção. A título de curiosidade, vale a espiada.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Christian Gudegast
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Christian Gudegast
Produção: Alan Siegel, Gerard Butler, Mark Canton, Tony Grazia, Tucker Tooley
Fotografia: Terry Stacey
Trilha Sonora: Cliff Martinez
Estúdio: Atmosphere Entertainment MM, Diamond Film Productions
Montador: David Cox, Joel Cox, Nathan Godley
Distribuidora: Diamond Films
ELENCO
50 Cent, Alexus Lapri Geier, Brandon Alston, Brian Van Holt, Charles Payne, Charline St. Charles, Cooper Andrews, Dawn Olivieri, Elle Whitfield, Eric Braeden, Evan Jones, Gerard Butler, Hoop, John Lewis III, Jordan Bridges, Kaiwi Lyman, Lewis Tan, Madelyn Lazar, Malieek Straughter, Marcus LaVoi, Mario Cortez, Matthew Cornwell, Maurice Compte, Max Holloway, Meadow Williams, Mo McRae, Nate Boyer, O'Shea Jackson Jr., Oleg Taktarov, Pablo Schreiber, Ron J. Rock, Sonya Balmores, Timothy Douglas Perez, Tracey Bonner
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